Páginas

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pra começo de conversa...

Eu tenho tanta coisa pra dizer que eu não sei nem por onde começar.
A fase é de mudanças e de muito autoconhecimento. Novos caminhos. Muitas escolhas, o tempo parece bem curto vendo do ângulo atual. Tomar uma caneca de leite quente em frente a TV agora é luxo, faz parte de uma nostalgia inocente e inapropriada para o presente momento.È acho que não dá pra brincar de ser gente grande. Deveras, nossa vida é marcada de processos, do qual passamos muitas vezes forçados, quase que sem querer.
Porém com tudo, cada fase é importante e bela, assim como é.

O que mais gosto de fazer é observar as pessoas, a postura, o modo de sorrir, de andar, de falar, enfim, de viver. E o que percebo é que quanto mais as observo, mais chego perto daquilo que sou.
Acho muitíssimo interessante como Fernando Pessoa conseguia dar vida aos vários “eus” que existem dentro da gente sem deixar de ser ele mesmo. Seus heterônimos mostravam o quão vasto pode ser o ser humano,não existindo regrinhas para classificá-los. Somos tão contraditórios. Aliás, cada um de nós é uma organização tão grande, tão complexa e tão única de pensamentos, sentimentos e histórias que eu fico até tonta em pensar como o Fernando Pessoa podia ser vários ao mesmo tempo. E na realidade, acho que somos todos assim, com uma capacidade imensa de ser vários. É bom saber que não estou fardada a ser hoje o que fui ontem e nem o que serei amanha. Bom também saber que posso ser o que quiser, mesmo que seja a mesma situação, posso vê-la de uma maneira completamente diferente. Acredito que dentro de nós existe uma infinidade de sementes esperando ser germinadas. Algumas nem são, outras não só germinam, mas se desenvolvem e dão frutos. Acho que essa deve ser a escolha constante que fazemos todos os dias ao acordar, a escolha pelo que quero, como quero ver as situações corriqueiras do dia, como vou solucionar os problemas inesperados... E pra terminar me lembrei de uma mensagem muito especial  de Charles Chaplin ,onde diz o seguinte:


“Hoje levantei cedo pensando no que tenho a fazer antes que o relógio marque meia-noite. É minha função escolher que tipo de dia vou ter hoje.
Posso reclamar porque está chovendo... ou agradecer às águas por lavarem a poluição.
Posso ficar triste por não ter dinheiro... ou me sentir encorajado para administrar minhas finanças, evitando o desperdício.
Posso reclamar sobre minha saúde... ou dar graças por estar vivo.
Posso me queixar dos meus pais por não terem me dado tudo o que eu queria... ou posso ser grato por ter nascido.
Posso reclamar por ter que ir trabalhar... ou agradecer por ter trabalho.
Posso sentir tédio com as tarefas da casa... Ou agradecer a Deus por ter um teto para morar.
Posso lamentar decepções com amigos... ou me entusiasmar com a possibilidade de fazer novas amizades.
Se as coisas não saíram como planejei, posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar.
O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser.

E aqui estou eu, o escultor que pode dar forma.”